A CILADA ANGOLANA EM BISSAU

30-12-2011 00:57

A CILADA ANGOLANA EM BISSAU

 

“Um homem não se mede aos palmos”. La, isso  nao deixa de ser verdade! Ele não é pigmeu, mas é tão baixinho que não se dá por ele. Deve medir mais de um metro cinquenta centimetros. Dizem que a sua capacidade ou inteligência, ultrapassa o seu tamanhinho. Também dizem que se formou em sociologia. Encontrou-se com a nossa filha em Abidjan, onde estavam a estudar e casou-se com ela. Somos tios dos seus filhos. Pertencia a UNITA, com a morte de Jonas Savimbi, deu pirueta e passou para o MPLA. Hoje é dos criticos escancarados desse partido historico. Ah, argumenta que foi o MPLA que passou para o seu campo ideologico. Falo-vos, sim, de George Chicote, Ministro de Relações exteriores de Eduardo dos Santos! Tem sido ele o arquitecto da reforma de que se fala nas forças da segurança e da defesa na Guine-Bissau. Um projecto que matou por inteiro o da União Europeia nesse mesmo dominio. Chicote anunciou a Voz de America, no dia  vinte e dois de Dezembro - a quando da visita de vinte e quatro horas do Primeiro-ministro guineense - que fora disponibilizado para o programa em questão, um montante aprimorado de  cerca de vinte e cinco milhões de dolares, sob condição de que é necessario que haja um ambiente politico, social que possa permitir a sua implementação. Disse ainda que Angola pretende acelerar o programa neste momento no dominio da cooperaçao... e lembrou que é Angola que tem estado a reabilitar alguns quarteis para o futuro exército da Guine-Bissau.

 

Duas questões a reter: a primeira, diz respeito a liderança do pais. O programa de reforma angolana não é compativel com lideranças que a põe em causa. A segunda questão tem a ver com a aceleração. A urgência em termos de actuação. Aproveitar quanto antes a ausência do Presidente da Republica da Guine-Bissau para arrumar as questões a maneira angolana. Aqui não houve nenhuma contemplação pela pessoa de Malam B. Sanhá. A paranoia é o Programa de Reforma precisa de um ambiente politico e social favorável urgente para poder germinar. Neste caso, os meios justificam os fins! O futuro exército guineense já está maquetado nas suas cabeças. Inclusive a ideia de exército conjunto para proteger os chefes. Os antigos combatentes, aqueles que a Pátria deve o sacrificio, não ousam questionar o Programa de Reforma Angolana sob pena de serem simplesmente ignorados e escorraçados pela Missang. O Chefe de Estado Maior da Marinha, Américo Bubo Na Tchuto, esteve sempre na mira da Missang.

 

A presença da Missang na Guiné-Bissau tem cerca de onze meses, sem que lhe seja notado nenhum resultado palpavel. O objectivo inicial que era o de aniquilar os Balantas chama-se agora de reparação de alguns quarteis do futuro exército. Recorda-se, por outro lado, que Angola procurou sempre turvar, a seu favor, o conceito de cooperaçao, seja bilateral (Guiné-Bissau/Angola) ou multilareral (Guine-Bissau/CPLP). Tem sido uma confusão visava escamutear os objectivos. ANGOLA desbrava o caminho, primeiro, para si próprio, e depois para a CEDEAO e para a CPLP. E esta a TROIKA (ditatorial e militarizada) que hoje enfrentamos.

 

O mundo assiste e aplaude os acontecimentos do dia 26 de Dezembro. O Secretario da CPLP, Domingos Simões Pereira, abordou o caso com despreendimento nunca visto. Como quem diz “chove no molhado”. O titulo de um artigo publicado na Voz de America, dizia: “GUINE-BISSAU: Golpes, Contra-golpes e Assassinatos”. Desta vez é normal, porque turvaram a água e conseguiram apanhar o peixe. O António Injai subiu na consideração dos angolanos até ser também escorraçado tal como os outros. O golpe foi claramente engendrado por Angola. Fora ensaiado no principio do mês, quando Cadogo Junior foi a Paris (ao hospital militar Val de Grace) espiar se o “monstro” adormecera. O processo subversivo começou assim: a partir do nada e como se estivesse a contrariar uma iniciativa do governo, o CEMGFA, declarava que se demitiria do cargo e ainda incendiaria o pais caso viesse uma força da CEDEAO.  Nesse mesmo dia citou, com leviendade politica, o nome de Bubo Na Tchuto dizendo que "Levantaram várias questões sobre mim e sobre o CEMA Bubo Na Tchutu. Não conseguiram encontrar nada e agora falam no assunto da CEDEAO. Que venham. Eles não sabem que nós acompanhamos sempre as questões com barulho." A menos de vinte e quatro horas, redimiu-se, pedindo desculpa ao povo guineense e a comunidade internacional pelas declarações que proferira, no dia anterior, no que diz respeito a vinda de forças da CEDEAO.

 

O barulho de que referia António Injai era a encenação prevista. Queriam brincar  a cowboys e indios. Nota-se uma certa mudança na montagem da armadilha. Agora simulam dois grupos opostos que se abre, faz alguns disparos intimidatorios e volta a fechar-se como se de uma concha se tratrasse. Resultado: Cadogo Junior, com auxilio do seu Rei (Angola), a Dama (António Injai) deu xeque-mate no Rei. E partida terminou?... Se nao houver nenhuma peça que possa capturar a rainha... Sim! Que o ANO NOVO traga PROSPERIDADE a todos, de Bissau a Luanda!

 

Pro Balugum