CPLP: KALASHNIKOV OU VIOLINO!

06-07-2012 17:13

CPLP: KALASHNIKOV OU VIOLINO

 

            Das duas, uma, a CPLP terá de escolher o caminho a seguir na IX Cimeira a realizar no dia 20 Julho, em Maputo! E como pode constatar-se, os guineenses estão expectantes e até tremelicando de medo pelas ameaças de “tolerância zero“ de Paulo Portas e da “incontinência verbal” da deputada ao Parlamento Europeu, Ana Gomes, incitando o Governo Português a “sujar as mãos” na Guiné-Bissau. Ergueram uma fortaleza quimérica - a da barafunda - para elevar Carlos Gomes Júnior, a Presidência, sendo, ao mesmo tempo, Primeiro-ministro. Lançaram fragatas e submarinos ao mar para arrasar os golpistas e “impor a paz”. Esconjuraram, ameaçaram, condenaram e promoveram romarias unilaterais para o Conselho de Segurança, resultado: a montanha pariu um rato! O maior enguiço nos planos de alguns países da CPLP foi mesmo o reconhecimento do Governo de Transição pelos Estados Unidos de América. Acertou-lhes como um muro no estômago!

 

            A IX Cimeira de Chefes de Estados e de Governos da CPLP debruçará sobre o tema: “A CPLP e os desafios da Segurança Alimentar e Nutricional”. Segundo a explicação do Ministro dos Negócios Estrangeiros e de Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi, o objetivo da Cimeira irá contribuir para erradicação da fome e da pobreza na comunidade através do esforço de cooperação entre os Estados membros e da melhor gestão das políticas e programas sectoriais de segurança alimentar. O Ministro prometeu que a presidência moçambique da CPLP procurará igualmente consolidar, durante o seu mandato, 1) os processos democráticos nos Estados membros, 2) normalizar a situação política na Guiné-Bissau, 3) avançar o processo de adesão da República da Guiné-Equatorial a membro da CPLP, e 4) projetar a língua portuguesa no mundo e aumentar o número de países que solicitam o estatuto de observadores e associados da comunidade. A Cimeira de Maputo também pode servir para inquirir, cordialmente, George Chicoti, Ministro das Relações Exteriores de Angola, sobre a sua noção de soberania.

 

            Atualmente, os objetivos da CPLP afiguram-se conspurcados. A político-militarista concluida com os poderes ocultos dos mercados manipula as decisões no seu interior. Pergunto: será que a presidência moçambicana vai conseguir resgatar a comunidade dos poderes malevolentes? O sinal de mudança de rumo dimanará de obséquios a dirigir aos países para a Cimeira. O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Transição, Dr. Faustino Imbali, já teve a nobre oportunidade de esclarecer sobre a questão da fortaleza quimérica que alguns países quiseram criar. Disse, inclusive, que ponderaremos a nossa presença na organização caso a CPLP continue a alimentar os caprichos políticos ao embusteiro (cadogo Júnior), convidando-o a participar nessa Cimeira. O Primeiro-ministro de Transição, Eng. Rui Duarte Barros, situou o mundo sobre a nossa visão política em relação a CPLP com a seguinte frase: “Este Governo não está em guerra diplomática com nenhum país ou organização internacional, e preza particularmente os laços culturais e históricos que o ligam aos países irmãos da CPLP. Entretanto, lamenta profundamente que alguns dos Governos desses países tenham como agenda principal inviabilizar a sua ação, mesmo sabendo das implicações negativas que isso poderá ter na preservação da paz e estabilidade do País”.

 

            Por Baligum